A velha Jovem Guarda

A Jovem Guarda surgiu na segunda metade da década de 60, e ao contrário do que muitos pensam, não tinha cunho político, apenas musical. Os integrantes desse movimento foram influenciados pelo Rock and Roll das décadas de 50 e 60, e daí em diante começou a se popularizar no Brasil as letras divertidas, românticas e dançantes. O movimento Jovem Guarda tinha como líder Roberto Carlos, mas tinham outros participantes, cantores de alto nível, feras musicais, entre homens e mulheres, por exemplo: Roberto Carlos (já citado), Erasmo Carlos, Wanderléia, Vanusa, Eduardo Araújo, Silvinha, Martinha, Ronnie Von, Paulo Sérgio, Leno e Lilian, Sérgio Reis, dentre outros muitos cantores que formavam esse elenco musical. Foi uma época em que não vivi, mas gostaria de ter vivido, e mesmo não tendo nascido no período do movimento e de não ter participado, mas 'sinto saudade do que não vivi', me imagino no passado, curtindo essas músicas e vivendo essa moda, se é que posso chamar de moda, já que pra mim moda é passageiro, e essa 'onda' dura até hoje, entre jovens e adultos, isso sim que era música, "que onda, que festa de arromba", essa era a Jovem Guarda, que hoje não é mais tão jovem, mas que no entanto nunca será substituída, como alguns tentam fazer.
Toda geração é diferente, toda geração possui seus ídolos, mas a Jovem Guarda atravessa e permanece por gerações. Atualmente a geração brasileira está nas mãos de "bandas" como: Cine, Restart, Nx Zero, Hori (Fiuk), enfim, uma geração que se define como colorida, mas eu definiria como atrevida, ao sair em público e expor algo que eles chamam de "Rock" e de música, me desculpem os fãs dos tais, mas quem conhece um pouco de música, ou ao menos quem tem sensibilidade auditiva, não consideraria essas "bandas", bandas musicais, e pra quem escuta e conhece a música "JovemGuardiana" digam-me se não é difícil de aceitar que o Brasil hoje esteja entregue a essa música "Emocoloridiana"? Sinceramente, torço para que essa 'coisa colorida' seja moda, porque como já disse mais acima, toda moda PASSA. E pra terminar quero só deixar bem claro uma coisa: que não sou contra a modernização, nem muito menos contra o avanço, mas fico indignado ao ver a atual geração curtir essa Pseudo Jovem Guarda quando temos bem melhor, temos a velha Jovem Guarda.