quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Minha explicação para Superstição

“Superstição é a crença sobre relações de causa e efeito que não se adequam à lógica formal, ou seja, são contrárias à racionalidade; como a crença comum, no Brasil, de que quebrar um espelho causa sete anos de azar.
As superstições, não fundamentadas ou assentadas de maneira irracional no ser humano, podem estar baseadas em
tradições populares, normalmente relacionadas com o pensamento mágico. O supersticioso acredita que certas ações (voluntárias ou não) tais como rezas, curas, conjuros, feitiços, maldições ou outros rituais, podem influenciar de maneira transcendental sua vida.” ¹
O que esse texto explica como superstição, para muitos chama-se fé, que é a a confiança que a gente deposita em algo ou alguém. Muitas pessoas, na maioria das vezes religiosos, acreditam e tem ‘fé’ que suas atitudes, crenças, simpatias, possam influenciar em suas vidas. Eu particularmente acredito que todos nós somos supersticiosos de alguma forma, por exemplo: Quem nunca teve um pé de coelho ou um trevo? Quem nunca cruzou os dedos para que algo acontecesse? Quem nunca atravessou a calçada pra evitar uma escada? Você já vestiu branco, vermelho, ou qualquer cor no Reveillon, com a pretensão de obter algo? Você já deixou sandália virada e depois desvirou? Você evita deixar roupas ao avesso? Você já amarrou uma imagem de Santo Antônio de cabeça pra baixo pra arrumar um amor? Você já procurou um pedaço de madeira qualquer, pra supostamente anular algo que você disse, e ainda dizendo aquele famoso bordão: “Isola!” ? Pois é meus amigos, acho que todos nós somos um pouquinho supersticiosos, eu mesmo me identifico com vários desses costumes, e no último domingo eu saí de casa com destino a Barra de Maxaranguape, e para quê? Para ir até a árvore do amor ², mais uma atitude supersticiosa (quem nunca foi eu aconselho ir, não pelo significado da crença amorosa, mas porque é um belíssimo lugar). Bem, não tenho uma explicação científica, nem fundamentada em nenhuma pesquisa, mas tenho uma opinião formada sobre a superstição: Quanto mais religiosos somos, mais supersticiosos nos tornamos, mas não acredito que isso seja ruim, pois talvez a gente precise mesmo de um pouco de irracionalidade, de acreditar no poder de algo ou alguém, talvez a gente precise de mais FÉ. Óbvio que não podemos fazer nossa vida girar em torno de crendices ou simpatias, mas esse tipo de tradição não pode acabar. Quando éramos crianças acreditávamos em várias fábulas, com príncipes e princesas, com bruxas e dragões, e muitas dessas fábulas nos ensinaram lições, que chamamos de ‘Moral da História’, éramos inspirados em histórias assim para melhorar a vida, pensando sempre em conseguir um final feliz, hoje, já maduros, não podemos mais acreditar em histórias infantis, mas podemos acreditar em contos e tradições populares que a gente deixa influenciar nossas vidas para também alcançar um objetivo, é a nossa fuga do mundo humano para um ‘mundo encantado’, nós crescemos, mas ainda buscamos o Final Feliz.
² Árvore do amor: curiosa junção de duas árvores que agora crescem juntas compondo uma incrível escultura natural. Dizem os nativos que o casal que se beijar embaixo das árvores jamais se separará.

Um comentário:

  1. Fantástico!

    Ser irracional às vezes é ser criança às vezes e ser criança às vezes é ser mais humano às vezes. No entanto, algo deixar essa irracionalidade aflorar mais do que devia, temos problemas. Indico novamente meu texto "Irracionalidade para que te quero"

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